Entenda as operações desencadeadas na manhã desta quarta-feira (07) na cidade de Luís Correia

Lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, organização criminosa, desvios de recursos públicos, fraude à licitação, corrupção ativa e passiva, saiba os motivos das operações que envolveram mais de 60 policiais.

Desde o início da manhã desta quarta-feira (07), o assunto principal na cidade de Luís Correia, foram as duas operações que tiveram entre outros alvos a residência do secretário municipal de Finanças de Luís Correia e, filho da prefeita Maninha Fontenele, Pedro Júnior Fontenele Brito. Continua depois da publicidade

As operações foram desencadeadas pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Piauí – FICCO (Operação LED) e pelo GAECO – Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Operação VOLT). Em comum, as duas operações tiveram como um de seus alvos o agora ex-secretário Pedro Júnior Fontenele Brito.

Operação LED

A denominada Operação LED, teve como missão, apurar crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas. Além de Luís Correia, foram cumpridos ao todo 24 mandados judiciais nos estados do Piauí, Ceará, Maranhão, São Paulo e Rondônia.

A ação mobilizou mais de 60 policiais para o cumprimento dos 24 mandados judiciais expedidos pela Central de Inquéritos de Parnaíba. Foram cumpridos 12 mandados de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão nos municípios de Luís Correia/PI, Maracanaú/CE, São Luís/MA, Itaquaquecetuba/SP e Guajará-Mirim/RO.

A investigação identificou que o dinheiro proveniente do tráfico de drogas era submetido a sucessivos depósitos, transferências e saques, com utilização de contas dos próprios investigados e de terceiros, para retornar à facção criminosa, que o utilizava para o pagamento de fornecedores na fronteira.

A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Piauí – FICCO/PI – é composta pela Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e Polícia Rodoviária Federal do estado, e baseia-se no modelo cooperativo, no qual trabalham de forma integrada vários profissionais que compõem mais de um órgão do Sistema Único de Segurança Pública – SUSP.

O foco dessas ações é a prevenção e a repressão à criminalidade violenta, particularmente no combate às facções criminosas, ao tráfico de drogas e armas, aos delitos de furto, roubo e receptação de cargas e valores, à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores e demais crimes conexos, nos termos da legislação penal.

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Operação Volt

Paralelo à operação LED, também foi deflagrada a Operação VOLT, coordenada pelo Ministério Público do Estado do Piauí (MPPI), por meio da atuação conjunta da Promotoria de Justiça de Luís Correia e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), em conjunto com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI) e a Força Integrada de Combate a Organizações Criminosas no Piauí – FICCO, composta pela Polícia Federal(PF), Polícia Civil (PC-PI), Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal e a Polícia Militar (PM-PI).

A operação objetivou cumprir nas cidades de Luís Correia, Parnaíba e Teresina 08 mandados de busca e apreensão, 02 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de sequestro de bens, conforme Decisão da Central Regional de Inquéritos III – Polo Parnaíba.

A investigação apura desvios de recursos públicos destinados ao serviço de iluminação pública do município de Luís Correia, por meio das condutas criminosas de fraude à licitação, corrupção ativa e corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Entre os alvos estão agentes públicos, empresas com atuação no município e seus sócios-proprietários.

Até o momento, a investigação aponta a existência de uma estrutura criminosa composta por agentes públicos, empresários e suas respectivas empresas que tem por fim desviar recursos públicos do município de Luís Correia. A dinâmica criminosa consiste no direcionamento de licitações à determinada empresa utilizada pela organização criminosa, seguido de sua contratação com sobrepreço pelo ente municipal.

Após o pagamento da empresa, parte do recurso público era remetido, diretamente ou por meio de pessoas interpostas, a agentes públicos ocupantes de cargos na estrutura da prefeitura.

As forças policiais envolvidas nas operações não deram detalhes sobre as prisões e nem revelaram a identidade dos presos.

Ao final da manhã, a prefeita de Luís Correia, Maninha Fontenele, emitiu uma nota oficial, onde esclarece que não foi citada em qualquer investigação e nem sofreu qualquer ato por parte do Poder Judiciário. Ainda na nota, a chefe do executivo informa que os servidores investigados foram exonerados do quadro público municipal.

Entre os servidores exonerados está o filho da prefeita, Pedro Jr. Confira a nota:

Nota prefeita de Luís Correia

Venho a público esclarecer sobre os últimos fatos noticiados pela imprensa neste dia 07 de fevereiro do ano corrente. Esclareço que não sou citada em qualquer investigação e nem sofri qualquer ato por parte do Poder Judiciário. Sempre pautei por uma gestão transparente, sendo que as contas da gestão, foram julgadas e aprovadas por unanimidade pelos órgãos de controle.

Informo, ainda, que determinei a exoneração de todos que foram citados na investigação, mesmo não fazendo qualquer juízo de valor quanto a culpabilidade, tal medida visa proporcionar aos acusados as condições ideais para esclarecimentos dos fatos, bem como, a imediata rescisão contratual, de forma unilateral, com a empresa citada.

Confio na Justiça do meu Estado, ao tempo que me coloco à disposição para demais esclarecimentos, reafirmo meu compromisso com o mandato e o respeito pelos cidadãos de Luís Correia.

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Fonte: FICCO/GAECO/MP / edição: Tribuna de Parnaíba

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