Editorial: Na política, assim como na vida, tem que se ter um lado e ser fiel a ele, e não acender uma vela para Deus e outra para o diabo

Há uma antiga lição fundamental que muitos parecem esquecer: na política, assim como na vida, é necessário ter um lado e ser fiel a ele. Perca uma eleição, mas nunca sua dignidade e seus princípios!

A história da política está repleta de figuras que oscilaram entre as ideologias e princípios como se estivessem em uma dança incessante de conveniência. Mudam de lado conforme as marés políticas, adaptando-se ao que é popular no momento, em vez de permanecerem fiéis às suas convicções e aos interesses de seus eleitores. Continua depois da publicidade

O problema desse comportamento errante é que ele mina a confiança do público na política. Quando os eleitores percebem que seus representantes não têm princípios sólidos, mas apenas buscam o poder pelo poder, a desilusão toma conta. Isso alimenta o cinismo e o afastamento das pessoas da política, deixando espaço para extremistas e populistas.

A lealdade partidária é uma coisa, mas não deve ser confundida com lealdade a princípios e valores. Um partido ou grupos políticos são plataformas para a expressão desses princípios, não um fio condutor para onde se deve seguir cegamente, independentemente das circunstâncias. A política exige flexibilidade, mas também requer integridade.

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Quando um político se desvia constantemente de seus princípios em busca de vantagens pessoais ou políticas, ele se torna um traidor de suas próprias convicções e, o que é pior, um traidor da confiança de seus eleitores. Os eleitores merecem representantes que tenham a coragem de lutar por aquilo em que acreditam, mesmo que isso signifique enfrentar ventos contrários e oposição ferrenha.

A política não deve ser uma carreira construída em busca de ganhos pessoais, mas sim uma missão para servir à sociedade e fazer a diferença na vida das pessoas. Ser fiel aos princípios não significa ignorar a necessidade de compromissos e negociações, mas significa que, mesmo em meio a essas complexidades, os políticos não podem perder de vista suas convicções fundamentais.

Os eleitores precisam de políticos que sejam autênticos, transparentes e fiéis a um conjunto de valores. Precisam de líderes que estejam dispostos a correr riscos em nome do bem comum, em vez de seguir o caminho mais fácil e conveniente.

Em última análise, na política, assim como na vida, a integridade e a fidelidade aos princípios são o que realmente importa. Aqueles que escolhem o caminho da conveniência a curto prazo podem ganhar algumas batalhas, mas estão fadados a perder a guerra da confiança pública. É hora de lembrar que na política, assim como na vida, é preciso ter um lado e ser fiel a ele, não apenas por ganho pessoal, mas pelo bem da sociedade como um todo.

Da Redação do Tribuna de Parnaíba

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