Grupo de pesquisa da UESPI lança boletim epidemiológico sobre hanseníase em Parnaíba

Boletim é parte das estratégias de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município.

O INFPAC – Informação para a Ação, é um grupo de pesquisa da Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Campus de Parnaíba, e que, recentemente lançou um Boletim Epidemiológico da Hanseníase, como parte de suas estratégias de enfrentamento às doenças e agravos de notificação compulsória no município. Continua depois da publicidade

Os trabalhos do projeto consistem em desenvolver atividades com o intuito de conhecer a situação da saúde do município, através da elaboração de Boletins Epidemiológicos e ações voltadas a disseminar conhecimentos científicos para subsidiar ações de saúde.

O novo boletim epidemiológico lançado pelo INFPAC visa fornecer informações atualizadas sobre a incidência, prevalência e distribuição geográfica da Hanseníase em Parnaíba.

De acordo com dados apresentados pelo projeto, o ano de 2020 apresentou menos registros entre os anos analisados. Tal fato vai de encontro com o período pandêmico em que houve diversos problemas relacionados à notificação dos demais agravos no Brasil. Apesar disso, o panorama mostra que, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2017 e 2021, o Piauí teve 5.372 casos de Hanseníase notificados.

Outra constatação importante do Boletim, é que o município de Parnaíba pode ser considerado um território com altíssima incidência da doença (20 a 39 casos por 100 mil habitantes). Este indicador revela baixos níveis de condições de vida, de desenvolvimento socioeconômico e de atenção à saúde.

A profa. Dra. Thatiana Araújo Maranhão, uma das orientadoras do grupo, ressalta a necessidade de intensificar as ações de controle e prevenção da doença, bem como de promover a conscientização da população sobre os sinais, sintomas e tratamento da Hanseníase.

“O aumento da taxa de detecção não necessariamente é preocupante. Pode indicar também que as estratégias de rastreio e diagnóstico estão sendo mais efetivas. Uma vez que a doença seja diagnosticada, o tratamento é instituído e a proporção de pessoas curadas e contatos examinados é maior. O principal desafio do município, sem dúvidas, é a redução das taxas de grau 2 de incapacidade, de modo que seja possível atingir as metas estabelecidas pela OMS”, acrescenta a professora.

Os números apesar de parecerem pequenos, acendem um alerta quando se leva em consideração as estatísticas nacionais. Isso porque, a Hanseníase afeta quase 30 mil pessoas por ano no Brasil, colocando o país em segundo lugar no mundo no número de incidências da enfermidade.

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A professora destaca ainda que os dados da Hanseníase foram fornecidos pela Vigilância Epidemiológica do município de Parnaíba, importante parceira neste projeto de extensão. Para ela, com o boletim epidemiológico em mãos, as autoridades de saúde de Parnaíba terão acesso a informações atualizadas e relevantes para a tomada de decisões estratégicas no enfrentamento da Hanseníase.

BOLETIM HANSENÍASE 2017-2021 (1)

Mais ações do INFPAC

O INFPAC também realiza campanhas de conscientização sobre diversas doenças de notificação compulsória visando contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população parnaibana.

Nesta segunda-feira (22) o projeto realizou ações nas UBS da cidade para divulgar o relatório situacional do Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA de Parnaíba. Na ocasião, foram feitas palestras e distribuídos folders sobre prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Por João Fernandes / UESPI / edição: Tribuna de Parnaíba

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