Ministério Público e Agespisa não enviam representantes para audiência

Amostras de água em Parnaíba, revelaram desconformidade em relação às normas brasileiras da vigilância sanitária e presença de bactérias.

Da Redação do Tribuna de Parnaíba

Foi realizado na manhã desta sexta-feira (25), mais uma audência pública sobre a qualidade dos serviços prestados pela Águas e Esgotos do Piauí S.A – Agespisa. A audiência foi realizada no auditório da EPAP – Escola Parnaibana de Administração Pública, no Centro Administrativo da Prefeitura de Parnaíba.

Apesar do convite, Ministério Público e Agespisa não enviaram representantes sequer para ouvir técnicos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, representantes de outras cidades do Piauí, nem populares.

Com o tema “Discutindo problemas e soluções no abastecimento de água no munícipio de Parnaíba e municípios piauienses”, a audiência contou com as presenças do: Presidente da APPM (Associação Piauiense de Municípios) o prefeito de Água Branca, Sr. Jonas Moura, Presidente da ASERPA, Sr. Lisandro Ayres, Prefeito de Parnaíba, Sr. Francisco de Assis de Moraes Souza, Secretário de Meio Ambiente e Recusos Hídricos, Paulo Eudes Carneiro, da Auditora e Fiscal do Meio Ambiente do Estado, Sra. Vanesca Vasconcelos, da Secretária Executiva do Procon, Rosangela Mourão, e dos vereadores, Carlson Pessoa e Neta Castelo Branco.

Presidente da Agência Parnaibana de Regulação de Serviços Públicos (ASERPA), Lisandro Ayres

Segundo o Presidente da Agência Parnaibana de Regulação de Serviços Públicos (ASERPA), Lisandro Ayres, a Agespisa em Parnaíba tem um faturamento mensal em torno dos 3 milhões de reais, investindo deste valor apenas entre 15 e 20 mil reais para manutenção da rede em Parnaíba.

“A Agespisa presta um serviço a contragosto do chefe do executivo municipal e do presidente da Aserpa” Afirmou Lisandro Ayres.

Ainda segundo Ayres, diversas cidades do Piauí, já retomaram os serviços de gerenciamento do abastecimento de água, em face dos péssimos serviços ofertados pela Agespisa. Continua depois da publicidade

Dois aumentos em 06 meses

O presidente da ASERPA relatou que entre junho e dezembro de 2018, a Agespisa efetou por duas vezes o reajuste no valor cobrado dos parnaibanos, fato este que levou a ASERPA a ajuizar ação contra a empresa. Caso o aumento seja considerado abusivo, a Agespisa poderá ser obrigada a devolver em dobro o valor cobrado dos usuários, segundo o Código de Defesa do Consumidor.

Jonas Moura, Presidente da APPM (Associação Piauienses de Municípios) e prefeito de Água Branca

Jonas Moura, Presidente da APPM (Associação Piauiense de Municípios) e prefeito de Água Branca, afirmou que no município de Água Branca, a Agespisa se mantém em operação através de liminar judicial, e que, apesar disso, a população sofre com constantes faltas no abastecimento de água.

Secretária Executiva do Procon, Rosangela Mourão

A Secretária Executiva do Procon, Rosangela Mourão, relatou que das 6.800 queixas recebidas em 2019 pelo Procon, 2.300 foram referentes à serviços essenciais, como a falta de abastecimento de água em bairro parnabanos.

Victor Dourado, Vigilância Ambiental de Parnaíba

Segundo Victor Dourado, da Vigilância Ambiental, exames físico-químicos realizados em amostras de água em Parnaíba, revelaram desconformidade em relação às normas brasileiras da vigilância sanitária e, alertou que a água em tonalidade esbranqueçada que sai das torneiras é causada pelo execesso de cloro, que pode esconder bactérias prejudiciais à saúde.

Prefeito Mão Santa, lamentou a ausência de representantes do Ministério Público e da Agespisa

Como não houve a participação nem da Agespisa e nem do Ministério Público, não foi possível a realização e nem definição de ações para resolver ou minimizar a problemática enfretada por moradores de Parnaíba e cidades vizinhas.

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