Autorização familiar transformou dor em esperança para até cinco pacientes. Parnaíba avança na cultura da doação e salva vidas além das fronteiras do Piauí.
O Hospital Estadual Dirceu Arcoverde – HEDA, em Parnaíba, realizou nesta segunda-feira (15) a terceira captação de múltiplos órgãos de 2025 e a quarta desde a implantação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT). A ação reafirma o hospital como referência no fortalecimento da política de transplantes no Piauí 🫀.
O procedimento envolveu múltiplos entes, como a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi), Secretaria da Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), através da Gerência de Operações Aéreas da SSP-PI, com execução feita pelo Batalhão de Policiamento Aéreo (BOPAer), da Central de Transplantes, envolvendo uma complexa e rigorosa cadeia de protocolos médicos, legais e operacionais.
A doação ocorreu após a confirmação de morte encefálica de uma paciente de 20 anos, seguindo rigorosamente todos os critérios técnicos e legais. Com o “sim” da família, teve início um processo que exige rapidez, precisão e responsabilidade: exames, confirmação diagnóstica, acionamento dos órgãos reguladores e a cirurgia de captação.
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❤️ Órgãos que salvam vidas
Nesta ação, foram captados rins, fígado e córneas, capazes de beneficiar até cinco pacientes que aguardam na fila nacional de transplantes.
➡️ O fígado foi encaminhado para Fortaleza (CE);
➡️ Os rins e as córneas foram destinados à Central de Transplantes de Teresina.
O procedimento durou cerca de três horas, com início por volta das 10h, e contou com uma equipe multidisciplinar altamente capacitada, formada por cirurgiões, perfusionistas, enfermeiros e técnicos de Enfermagem, além do apoio da equipe do Hospital Getúlio Vargas (HGV).
A coordenadora da CIHDOTT, Nadja Freitas, destacou a importância do diálogo familiar sobre a doação de órgãos:
“A doação de órgãos é um gesto de amor que precisa ser conversado com a família. A única forma de se tornar doador é com o ‘sim’ dos familiares. O transplante pode representar a única esperança de vida ou uma nova oportunidade de recomeço para quem precisa”
O diretor técnico do HEDA, Dr. Carlos Teixeira, reforçou que disseminar a cultura da doação é essencial:
“Quanto mais essa cultura é difundida, menor é a resistência no momento da captação, tanto entre a sociedade quanto entre os próprios profissionais de saúde”
O gerente de Operações Aéreas da SSP-PI, Coronel Clayton Frota Gomes, que coordenou a missão, destacou o papel social da aviação policial:
“O uso da aeronave nesse tipo de missão demonstra o compromisso da segurança pública com a vida. É um serviço que salva vidas e mostra como a aviação pode contribuir de forma direta com políticas públicas de saúde”
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Da Redação do Tribuna de Parnaíba
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