Zumbi dos Palmares: o líder que virou símbolo; e a verdade por trás das distorções sobre sua história

por Tribuna de Parnaíba

A verdade histórica por trás do líder que inspirou o Dia da Consciência Negra. Entre fatos e mitos, o legado que o Brasil não pode distorcer.

A trajetória de Zumbi dos Palmares é uma das mais emblemáticas da resistência negra no Brasil. Líder militar, estrategista e defensor da liberdade, Zumbi se tornou o maior símbolo da luta contra a escravidão, e é por isso que seu nome está diretamente ligado ao Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, data de sua morte.

Nascido no Quilombo dos Palmares, Zumbi foi capturado criança, batizado e educado por um padre. Já adulto, fugiu para retomar sua origem e, ao lado de seu povo, transformou Palmares em um dos maiores territórios livres da América do Sul, abrigando milhares de homens, mulheres e crianças que fugiam da violência dos engenhos. ✊🏿🔥

Sua liderança incomodou profundamente o sistema escravista. Em 1695, Zumbi foi assassinado e teve a cabeça exposta em praça pública, uma tentativa brutal de apagar a resistência que ele representava. A tentativa falhou. Séculos depois, sua história continua viva e necessária.

💥 A polêmica: afinal, Zumbi foi “vendedor de escravos”?

Periodicamente, versões distorcidas da história reaparecem tentando manchar o legado de Zumbi dos Palmares. Uma das mais comuns é a afirmação de que ele teria sido “vendedor de escravos”. Essa narrativa, porém, não é sustentada pela historiografia séria.

✔️ Não há registros históricos que comprovem isso.

Nenhum documento colonial, português, holandês ou brasileiro relata qualquer atividade de compra ou venda de pessoas por Zumbi ou por Palmares.

✔️ O que existia eram cativos de guerra, algo comum no século XVII.

Em confrontos contra bandeirantes, tropas coloniais ou grupos indígenas hostis, prisioneiros de guerra eram mantidos sob custódia, geralmente como:

  • proteção contra informantes,

  • moeda de troca diplomática,

  • ou garantia de negociação.

Isso NÃO se aproxima do sistema escravista brasileiro, que era baseado em comércio, lucro e desumanização.

✔️ A versão do “vendedor de escravos” é um mito moderno.

A narrativa começou a ganhar força tardiamente, em grupos interessados em deslegitimar a luta da população negra e atacar o Dia da Consciência Negra.

Historiadores como João José Reis, Flávio Gomes, Beatriz Nascimento e Décio Freitas rejeitam firmemente essa interpretação.

📌 A verdade é simples:

Zumbi não foi traficante, não foi comerciante de pessoas, e não compactuou com o sistema que combateu até a morte.

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🎗️ Por isso o Dia da Consciência Negra importa

A data não é só memória, é um compromisso histórico.

O 20 de novembro homenageia Zumbi e reforça a necessidade de enfrentar desigualdades que ainda persistem no Brasil. É um chamado à reflexão, ao reconhecimento e à responsabilidade coletiva. ⚖️📌

Honrar Zumbi é honrar a luta por dignidade, igualdade e respeito que atravessa séculos.

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Da Redação do Tribuna de Parnaíba

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