Mil máscaras reutilizáveis de bioplástico serão doadas a profissionais de saúde

por Tribuna de Parnaíba

As doações das primeiras mil máscaras começam nesta semana e irão contemplar inicialmente equipes de saúde que atuam em Parnaíba e Cajueiro da Praia.

Fonte: Ascom

Um grupo de pesquisadores acaba de desenvolver uma máscara respiratória reutilizável, de baixo custo, feita em impressora 3D doméstica, para distribuir a profissionais de saúde que estão na linha de frente no combate à Covid19 no Piauí.

O equipamento de proteção individual (EPI) utiliza como material o composto biodegradável PLA, considerado um bioplástico, e que não oferece danos à respiração. O PLA mantém a porosidade necessária para impedir a penetração do vírus. Os filtros das máscaras também são de baixo custo. São usados discos de algodão, de 58mm, encontrados em farmácia, e que, segundo os pesquisadores, podem ser utilizados de 6-8 horas seguidas. A cada uso, basta higienizar a máscara, com álcool em gel 70% ou água sanitária convencional, trocar o filtro e voltar a usar.

Estima-se que cada máscara custe entre R$ 5 a R$ 15, dependendo da escala de produção.

A máscara, chamada de Delfi-TRON, é resultado do estudo de diversas máscaras existentes no mercado, com melhorias em ergonomia, praticidade no uso de diferentes filtros e a possibilidade de utilização sucessiva do material. Mais de trinta profissionais de saúde entre médicos, enfermeiros e fisioterapeutas testaram a máscara, antes de iniciada a produção.

Tendo à frente a startup de Robótica TRON, o trabalho voluntário é resultado do esforço de cerca de 30 profissionais e pesquisadores, que realizaram os testes dos protocolos no Laboratório de Biotecnologia da Universidade Federal do Delta do Parnaíba – UFDPAr.

Qualquer pessoa pode imprimir a máscara em casa – O projeto da máscara é open-source e pode ser melhorado por pessoas do mundo inteiro, criando, assim, versões para diferentes tipos de aplicação. Estima-se que cada máscara custe entre R$ 5 a R$ 15, dependendo da escala de produção. Para se ter uma ideia, uma impressora 3D amadora, que custa em média de R$ 1.400 a R$ 3.500, é capaz de produzir 5 máscaras a cada 24 horas. Continua depois da publicidade 

Iniciativa arrecada doações – Para fazer as máscaras chegarem a mais cidades, a iniciativa público-privada está captando recursos por meio de uma vakinha online. As doações no site (vaka.me/930362) são usadas para compra de PLA e impressoras.

“A hora é de centrar esforço, testar ideias e obter o resultado prático, que requer dedicação, conhecimento e um pouco de controle. Estamos tentando seguir ao máximo os protocolos da áreas da saúde e os protocolos da Anvisa, fazendo os testes que achamos necessários frente a essa situação”, finaliza o Prof. Dr. Gildário Lima, sócio-fundador da TRON, pesquisador da UFDPar, à frente da Delfi-TRON.

máscaras

Prof. Dr. Gildário Lima vestindo a máscara feita em bioplástico

Toda a documentação segue junto à Anvisa e está disponível em tron-edu.com/mascara.
São patrocinadores na iniciativa de construção e performance das EPIs: a TRON, FIEPI e SESC PI-MG, tendo como parceiros a UFDPar, a Maida Health, Delta Thinkers, Boa Impressão 3D, UFPI, Instituto de Tecnologia e Pesquisa e Unit – Universidade Tiradentes.

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