50 anos do movimento Tropicália

A história do movimento que marcou a cultura nacional.

Em outubro de 2017, o movimento artístico que ficou conhecido como Tropicália completa 50 anos. A apresentação das músicas Alegria, Alegria e Domingo no Parque, em 21 de outubro, durante a final do III Festival Record em 1967, marcaram o início de uma série de experimentações que permitiriam uma nova forma de compreender a música brasileira. Essas inovações estéticas continuam nos discos seguintes dos músicos Gilberto Gil e Caetano Veloso e no LP coletivo Tropicália ou Panis Et Circencis, o disco manifesto lançado no ano seguinte às apresentações no Festival da Record.
Após a explosão das músicas Alegria, Alegria e Domingo no Parque no Festival da Canção de 1967, diversos artistas se reuniram, capitaneados por Caetano Veloso e Gilberto Gil, para a concepção de Tropicália ou Panis Et Circencis, disco-manifesto coletivo gravado em São Paulo, no decorrer do mês de maio de 1968.

São 12 faixas de canções inéditas de Gil, Caetano, Torquato Neto, Capinan e Tom Zé. Marco da Música Popular Brasileira, o disco traz uma capa icônica que, apesar de provocar análises, não teve um conceito definido ao ser elaborada. A foto foi feita por Olivier Perroy, a convite do arranjador Rogério Duprat, e nela, como em uma foto de família, os tropicalistas se posicionam à frente de um vitral que fazia parte do jardim de inverno da casa do próprio fotógrafo, em São Paulo.

 

Torquato Neto e a Tropicália

Poeta e letrista piauiense, Torquato Neto inicialmente demonstrou certa descrença em relação ao movimento tropicalista, mas acabou se unindo ao grupo e é compositor de duas das músicas de Tropicália: Geleia Geral, ao lado de Gil, e Mamãe, Coragem, da qual divide a autoria com Caetano.

Em 1967, Gilberto Gil falou à Rádio Cultura sobre sua relação e admiração pelo poeta: “Torquato é um rapaz que por sinal não é baiano, é do Piauí mas viveu na Bahia muito tempo. Foi meu colega de ginásio lá nos Maristas em Salvador, e é um rapaz muito ligado às tradições e à cultura regional daquela zona lá da Bahia”.

Fonte: Agencia Brasil
Tribuna de Parnaíba
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